domingo, 2 de maio de 2010

Remembering the Kanji - Estude os ideogramas chineses

O título está correto: os ideogramas utilizados na escrita do idioma japonês tem origem na China. Desde a época da invasão japonesa ao país vizinho, várias coisas como comidas, religiões e até mesmo os ideogramas foram levadas ao país nipônico.

Existem muitos materiais que prometem ensinar os ideogramas (ou 漢字 kanji, em japonês). Um deles é o que vamos abordar aqui: Remembering the Kanji.

O livro, escrito por James W. Heisig, tenta explicar os ideogramas através da sua característica mais marcante: os desenhos. Sem se preocupar com os sons de cada kanji ou mesmo com pedaços deles que possam indicar um som, o autor se fixa na explicação das formas e como reter cada uma delas no cérebro.

Para isso, Heisig criou um sistema de "primitivos". Primitivos são pedacinhos dos ideogramas, como se fosse uma espécie de radical, feitos para ajudar a se chegar ao significado de cada um desses ideogramas. Por exemplo, se um kanji tem um primitivo de "água", o estudante saberá que o significado do mesmo tem a ver com água - talvez "praia", "rio" etc.

O livro é dividido em 56 lições. São abordados os ideogramas básicos do dia a dia japonês - lista chamada de 常用漢字 Jouyou Kanji. Além destes, são ensinados outros kanji mais raros.

Não existem exercícios no livro. O aprendizado é feito através da leitura e memorização de pequenas histórias relacionadas à forma de cada ideograma. Cada kanji é remetido a apenas uma palavra-chave, tradução, significado, como quiser chamar. Em certa parte do livro, o aprendiz começa a criar suas próprias histórias, mas novos primitivos são apresentados até o final.

Para ajudar na memorização dos ideogramas existentes no Remembering the Kanji, foi criado o site Reviewing the Kanji. Aqueles que já leram o artigo sobre o Anki aqui no blog verão que o sistema é bem parecido: um deque de flashcards é feito com os ideogramas do livro e o aprendiz é testado para ver se lembra o significado dos mesmos. Se lembrar, escolhe entre as opções "fácil" ou "sim", senão escolhe a opção "não". Se escolher a opção de que não lembra, o cartão daquele ideograma volta ao deque de estudos e a pessoa pode ler novamente a história que explica a formação daquele kanji. Além disso, é possível escrever a sua própria história do ideograma no site ou ler as histórias de outros usuários.

 Página de revisão de ideogramas no site Reviewing the Kanji.

O interessante do site Reviewing the Kanji é que ele apresenta uma página com gráficos mostrando quantos ideogramas o aprendiz já estudou, quantos já revisou, quantos precisa estudar novamente e quantos precisa revisar. Depois de um tempo, todos os ideogramas já revisados expiram e é necessário revisar novamente. Aí é que fica a chave do sistema. Existe, ainda, um fórum que trata de diversos tópicos relacionados ao idioma japonês, cultura do país, empregos e estudos, bem como dos livros em si etc.

A única ressalva é que tanto o livro quanto o site estão em inglês, então quem não domina um pouco do idioma talvez se sinta perdido. Mas a linguagem é bem simples e fácil de entender. O que talvez dificulte são algumas palavras-chave, significados dos ideogramas no livro. Mas nada que um bom dicionário não resolva.

O cadastro e a utilização do site são gratuitos, mas o livro Remembering the Kanji deve ser comprado para que se possa usá-lo. Interessados, podem comprar em sites internacionais como Amazon (clique aqui para ver o link da compra).

Existem outros volumes do livro voltados para as leituras dos ideogramas e também para a memorização dos kana (silabários do idioma japonês). Além deles, existe também um voltado para os ideogramas utilizados hoje em dia no mandarim. Estes eu nunca tive contato, mas fica aqui a dica.

Para finalizar, segue abaixo o link para o review do livro na Wikipedia (em inglês):
http://en.wikipedia.org/wiki/Remembering_the_Kanji

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