Acontece que na era Meiji, o calendário utilizado era o calendário Lunar e os três dias do evento aconteciam no equivalente a meados de Agosto no calendário Solar (gregoriano). Algumas regiões ainda comemoram a data como na época antiga, enquanto que outras passaram a comemorar conforme a época equivalente ao novo calendário (gregoriano).
Pessoas comemorando o Obon.
A semana do Obon, em meados de agosto, é uma das três maiores épocas de férias, acompanhada de uma intensiva atividade de viagens nacionais e internacionais. Equivale ao feriado de finados do Brasil.
Acredita-se que, nesses 3 dias, os espíritos voltam às suas casas, por isso é costume limpá-las e oferecer uma grande variedade de frutas e legumes aos ancestrais, colocando-os em frente aos butsudan (oratórios budistas). Além das comidas, flores e chouchin (lanternas de papel) completam os enfeites característicos dos altares. As fachadas das casas japonesas ganham lanternas chamadas mukaebon, para indicar o caminho dos espíritos, e os familiares visitam os antepassados nos cemitérios.
Butsudan.
Mas as comemorações vão além dos enfeites e orações. As principais atrações do Obon são o festival da dança de bon odori e o tooro nagashi:
* Bon Odori [盆踊り]: é uma dança de boas vindas e de agradecimento aos antepassados.
* Tooro Nagashi [灯籠流し]: cerimônia na qual chouchin (lanternas de papel) são colocados em rios com o objetivo de guiar os espíritos de volta ao outro mundo.
Lanternas nos rios indicam o caminho para os espíritos.
Existem grandes comemorações de Obon em vários locais fora do Japão, como Brasil, Malásia, Estados Unidos e Canadá. No Brasil, principalmente em São Paulo devido a contingência de japoneses e seus descendentes, o festival acontece com apresentações de bon odori, bem como de taiko e shamisen.
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