Como eu disse no post anterior, as coisas andam meio corridas ultimamente. Acho que lá pelo meio de junho já volto a ficar mais tranquilo! Por isso, é possível que as atualizações fiquem um tanto escassas até lá.
Hoje vou falar um pouco sobre aprender japonês. Existem vários motivos para você aprender esta língua. É fato que, de uns tempos para cá, a cultura japonesa ficou cada vez mais presente na nossa sociedade. São desenhos animados (anime アニメ), revistas em quadrinhos (mangá 漫画), novelas (ドラマ), músicas etc. Além de todos esses tópicos, há também inúmeras parcerias entre os governos do Japão e do Brasil, seja no âmbito cultural, seja no âmbito econômico. Existem diversos investimentos do governo japonês em pequenas escolas, associações etc. pelo Brasil afora, você sabia?
Tendo essas informações como base, você já pode escolher para que aprender japonês: quer usá-lo no trabalho? Quer fazer um intercâmbio no país nipônico? Gostaria de entender melhor as músicas e novelas? Ou quer apenas aprender um pouco para viajar e poder se virar no dia-a-dia? A escolha é sua, e as opções são várias.
Vamos então a uma aula expressa de japonês. Antes de tudo, vamos ver como se apresentar em japonês. Resolvi escrever aqui apenas no alfabeto utilizado no Brasil, uma vez que algumas pessoas talvez não tenham o suporte à língua japonesa no PC (para quem quiser instalar, veja este post do blog).
Se você vai se apresentar a alguém pela primeira vez, é muito comum dizer o seguinte:
HAJIMEMASHITE. WATASHI WA ________ DESU.
_______ KARA KIMASHITA.
DOOZO YOROSHIKU ONEGAI SHIMASU.
Abro um parenteses aqui para mostrar a pronúncia do japonês:
SA SU SE SO sempre terão som de S/SS/Ç, como em caÇar, Setembro e amaSSar.
SHI terá a pronúncia de XI, como em Xícara.
CHI terá som de TI, como em TIjolo.
Quanto ao TSU, pronuncia-se TSU, sem I depois de T. O T é mudo. Cuidado para não pronunciar "TISSU", mas sim "TSU"!
HA HI HE HO terão pronúncia próxima do nosso R do começo de palavras, como em Rápido, Rir, Refazer e Romário.
No caso do HU, a pronúncia é mais aspirada, quase como se fosse um FU.
RA RI RU RE RO terão sempre o som de R mas diferentemente do som da linha do H que vimos acima. Na linha do R, o som será como em camaRada, armáRio, peRua, peReira e caRo.
GA GI GU GE GO terão sempre o som de GA GUI GU GUE GO, como em Gato, Guilherme, Guga, Gueto e Gol.
JA JI JU JE JO terão sempre o som de "DJ": DJA, DJI, DJU, DJE e DJO.
As outras sílabas que eu não escrevi a pronúncia aqui tem o som bem parecido com o do português, então não precisam tomar uma parte do post.
Voltando a sua apresentação, no primeiro ________ você adicionará seu nome. Já na segunda linha, adicione o seu local de origem (pode ser país, estado etc.) Por exemplo, se eu fosse me apresentar:
HAJIMEMASHITE. WATASHI WA RAPHAEL DESU.
BURAJIRU KARA KIMASHITA. (ou RIO DE JANEIRO KARA KIMASHITA.)
DOOZO YOROSHIKU ONEGAI SHIMASU. (pronuncie o DOOZO com os Os de DOO como se fosse um O prolongado)
Alguns nomes de lugares que você pode utilizar:
BURAJIRU - Brasil
AMERIKA - Estados Unidos
NIHON - Japão
MEKISHIKO - México
Agora vou colocar abaixo algumas palavras básicas utilizadas em coisas diárias:
ARIGATOO GOZAIMASU - Obrigado
DOO ITASHIMASHITE - De nada
SAYOONARA - Tchau, até mais
OHAYOO GOZAIMASU - Bom dia
KONNICHIWA - Boa tarde (pronúncia: CON NI TI WA)
KONBANWA - Boa noite (quando você encontrar alguém a noite)
OYASUMI NASAI - Boa noite (quando alguém for dormir)
Por fim, use a construção seguinte se quiser pedir informações na rua, restaurantes etc:
SUMIMASEN GA, ________ WA DOKO DESU KA.
SUMIMASEN GA seria algo como "Com licença...".
__________ WA DOKO DESU KA seria o mesmo que "Onde fica o(a) _________?".
A pronúncia de DESU é com o S quase mudo, algo como DESS.
Alguns lugares que você pode perguntar:
RESUTORAN - Restaurante
SHOPPINGU - Shopping
TOIRE - Banheiro
BASUTEI - Ponto de ônibus
DEPAATO - Loja de departamentos (o AA aqui pronuncia-se como um A só, prolongado)
EREBEETAA - Elevador (aqui, os dois EE e os dois AA são como E e A prolongados - um som só)
KAIDAN - Escada
DENSHA NO EKI - Estação de trem
CHIKATETSU NO EKI - Estação de metrô
YUUBINKYOKU - Correios
GINKOO - Banco
Entre outros lugares. Caso você fosse perguntar para alguém na rua onde fica a agência de correios, ficaria assim:
SUMIMASEN GA, YUUBINKYOKU WA DOKO DESU KA.
Se estivesse em um restaurante e quisesse saber onde fica o banheiro, a pergunta seria desta forma:
SUMIMASEN GA, TOIRE WA DOKO DESU KA.
Por hoje é só. Espero que essas poucas informações ajudem quem precisa!
Além disso, como já falei em algum post anteriormente, dou aulas particulares pessoalmente para as pessoas no Rio de Janeiro e online para pessoas de outros lugares. Quem estiver interessado em aulas mais profundas, pode verificar algumas informações sobre minha experiência na área de língua japonesa no alto do blog (Aulas de Japonês) ou aqui diretamente.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Músicas japonesas
Queria avisar que ultimamente estive completamente sem tempo de postar no blog, mas ele ainda vive!
Devido a preparação de aulas, além de dar essas aulas e assistir outras na licenciatura da faculdade, colação de grau e outras coisas mil, o tempo de escrever foi ficando cada vez mais escasso. Mas logo logo a coisa já deve voltar ao normal.
Hoje vou falar um pouquinho sobre músicas japonesas. Que o Japão está ocidentalizado em diversos aspectos ninguém discute. E a música não foge disso! Sem entrar em critérios aqui de a ocidentalização ser boa ou não, apenas levando isso como um fato real.
Há um tempo atrás, enquanto assistia a novela DARE YORIMO MAMA WO AISU (agora escrevi certo!), fiquei louco logo de cara com a música do vídeo de abertura dela. No começo achei no máximo "legal", mas foi só começar a escutar mais a melodia e as vozes dos cantores - sim, são vários vocalistas nessa música - que viciei. O que ocorre é que a música WAKUSEI TAIMAA (惑星タイマー no original) conta com as vozes de dois dos meus cantores japoneses favoritos (e um deles, até então, nem o nome eu sabia): Suga Shikao e Yamazaki Masayoshi.
Ambos os cantores tem uma "pequena história" própria para mim. Yamazaki Masayoshi é um cantor com uma voz única! Sinceramente, nunca ouvi uma voz como a dele. A primeira vez que escutei uma música sua, da qual gostei logo de cara, foi em um minicongresso de estudos japoneses aqui no Rio de Janeiro. O pessoal lá da faculdade, bem como pessoas de outros lugares, costuma participar desse encontro chamado KYOUSHIKAI que, em tradução livre, significa "encontro de professores". Nesse dia, uma professora palestrou sobre o uso da música na sala de aula de japonês. Não é que eu carreguei a música comigo dali em diante? Obrigado, Elisa sensei! Sério, esta foi uma das coisas que mais me estimulou com o estudo de japonês até hoje. As músicas costumam me estimular bastante para certas coisas e essa com certeza foi uma das minhas fontes de inspiração do japonês.
No caso do Suga Shikao, a história é um pouco menor, mas não menos importante. Apesar de eu gostar um pouco menos das músicas dele do que das músicas do Masayoshi. Conheci primeiro a música 19SAI (19 anos, em japonês), música que aparece no vídeo de abertura de um anime da época: XXXHolic, do grupo CLAMP. Na segunda temporada do anime, mais uma música de Shikao: Nobody Knows (Ninguém sabe, em inglês). Depois disso também gostei muito do Suga Shikao, mas acabei deixando um pouco de lado pois não me cativou tanto assim.
Quando escutava a WAKUSEI TAIMAA na abertura da novela, acabei reconhecendo as vozes dos dois cantores e de mais um que já tinha escutado uma vez ou outra. Procurei o vídeo no youtube e depois disso não parei mais de escutar. A música foi uma das coisas neste ano que mais me estimularam com japonês, substituindo um pouco o lugar do Yamazaki Masayoshi com a música Minuet.
Pois bem, essa música é parte do repertório de um grupo formado por cantores de uma mesma gravadora - Office Augusta. O nome da banda é FUKUMIMI (福耳, em ideogramas) e há alguns vídeos da mesma no youtube.
Falo com tanta empolgação aqui, mas de todos os cantores e bandas japoneses que já conheci até hoje (que não foram tantos, para dizer a verdade), a que mais gostei e escutei com certeza absoluta e sem sombra de dúvidas foi a banda The Pillows. Para mim, eles são os Beatles japoneses - agora já posso correr das pedras, haha. Sinceramente, eles são muito bons e sempre me empolgaram com suas músicas. Além de ser uma banda já clássica no país, tocam desde muito antigamente e possuem diversos álbuns. Eles merecem um post único um dia.
Além desses, para não dizer que só gosto de vozes masculinas, eu vinha escutando bastante durante um tempo a cantora Angela Aki (filha de um japonês com uma ítalo-americana). Ela tem ótimas músicas também e ótimas para se estudar japonês, diga-se de passagem. E o melhor: não tem aquela voz fininha característica de muitas cantoras japonesas! (Nada contra quem gosta, hahah! Tem umas que são escutáveis)
Termino este post com um video de Masayoshi, outro do Suga e, no fim, a música WAKUSEI TAIMAA da banda FUKUMIMI.
Devido a preparação de aulas, além de dar essas aulas e assistir outras na licenciatura da faculdade, colação de grau e outras coisas mil, o tempo de escrever foi ficando cada vez mais escasso. Mas logo logo a coisa já deve voltar ao normal.
Hoje vou falar um pouquinho sobre músicas japonesas. Que o Japão está ocidentalizado em diversos aspectos ninguém discute. E a música não foge disso! Sem entrar em critérios aqui de a ocidentalização ser boa ou não, apenas levando isso como um fato real.
Há um tempo atrás, enquanto assistia a novela DARE YORIMO MAMA WO AISU (agora escrevi certo!), fiquei louco logo de cara com a música do vídeo de abertura dela. No começo achei no máximo "legal", mas foi só começar a escutar mais a melodia e as vozes dos cantores - sim, são vários vocalistas nessa música - que viciei. O que ocorre é que a música WAKUSEI TAIMAA (惑星タイマー no original) conta com as vozes de dois dos meus cantores japoneses favoritos (e um deles, até então, nem o nome eu sabia): Suga Shikao e Yamazaki Masayoshi.
Ambos os cantores tem uma "pequena história" própria para mim. Yamazaki Masayoshi é um cantor com uma voz única! Sinceramente, nunca ouvi uma voz como a dele. A primeira vez que escutei uma música sua, da qual gostei logo de cara, foi em um minicongresso de estudos japoneses aqui no Rio de Janeiro. O pessoal lá da faculdade, bem como pessoas de outros lugares, costuma participar desse encontro chamado KYOUSHIKAI que, em tradução livre, significa "encontro de professores". Nesse dia, uma professora palestrou sobre o uso da música na sala de aula de japonês. Não é que eu carreguei a música comigo dali em diante? Obrigado, Elisa sensei! Sério, esta foi uma das coisas que mais me estimulou com o estudo de japonês até hoje. As músicas costumam me estimular bastante para certas coisas e essa com certeza foi uma das minhas fontes de inspiração do japonês.
No caso do Suga Shikao, a história é um pouco menor, mas não menos importante. Apesar de eu gostar um pouco menos das músicas dele do que das músicas do Masayoshi. Conheci primeiro a música 19SAI (19 anos, em japonês), música que aparece no vídeo de abertura de um anime da época: XXXHolic, do grupo CLAMP. Na segunda temporada do anime, mais uma música de Shikao: Nobody Knows (Ninguém sabe, em inglês). Depois disso também gostei muito do Suga Shikao, mas acabei deixando um pouco de lado pois não me cativou tanto assim.
Quando escutava a WAKUSEI TAIMAA na abertura da novela, acabei reconhecendo as vozes dos dois cantores e de mais um que já tinha escutado uma vez ou outra. Procurei o vídeo no youtube e depois disso não parei mais de escutar. A música foi uma das coisas neste ano que mais me estimularam com japonês, substituindo um pouco o lugar do Yamazaki Masayoshi com a música Minuet.
Pois bem, essa música é parte do repertório de um grupo formado por cantores de uma mesma gravadora - Office Augusta. O nome da banda é FUKUMIMI (福耳, em ideogramas) e há alguns vídeos da mesma no youtube.
Falo com tanta empolgação aqui, mas de todos os cantores e bandas japoneses que já conheci até hoje (que não foram tantos, para dizer a verdade), a que mais gostei e escutei com certeza absoluta e sem sombra de dúvidas foi a banda The Pillows. Para mim, eles são os Beatles japoneses - agora já posso correr das pedras, haha. Sinceramente, eles são muito bons e sempre me empolgaram com suas músicas. Além de ser uma banda já clássica no país, tocam desde muito antigamente e possuem diversos álbuns. Eles merecem um post único um dia.
The Pillows.
Além desses, para não dizer que só gosto de vozes masculinas, eu vinha escutando bastante durante um tempo a cantora Angela Aki (filha de um japonês com uma ítalo-americana). Ela tem ótimas músicas também e ótimas para se estudar japonês, diga-se de passagem. E o melhor: não tem aquela voz fininha característica de muitas cantoras japonesas! (Nada contra quem gosta, hahah! Tem umas que são escutáveis)
Termino este post com um video de Masayoshi, outro do Suga e, no fim, a música WAKUSEI TAIMAA da banda FUKUMIMI.
Yamazaki Masayoshi - Minuet
Suga Shikao - Nobody Knows
Fukumimi - Wakusei Taimaa
domingo, 2 de maio de 2010
Remembering the Kanji - Estude os ideogramas chineses
O título está correto: os ideogramas utilizados na escrita do idioma japonês tem origem na China. Desde a época da invasão japonesa ao país vizinho, várias coisas como comidas, religiões e até mesmo os ideogramas foram levadas ao país nipônico.
Existem muitos materiais que prometem ensinar os ideogramas (ou 漢字 kanji, em japonês). Um deles é o que vamos abordar aqui: Remembering the Kanji.
O livro, escrito por James W. Heisig, tenta explicar os ideogramas através da sua característica mais marcante: os desenhos. Sem se preocupar com os sons de cada kanji ou mesmo com pedaços deles que possam indicar um som, o autor se fixa na explicação das formas e como reter cada uma delas no cérebro.
Para isso, Heisig criou um sistema de "primitivos". Primitivos são pedacinhos dos ideogramas, como se fosse uma espécie de radical, feitos para ajudar a se chegar ao significado de cada um desses ideogramas. Por exemplo, se um kanji tem um primitivo de "água", o estudante saberá que o significado do mesmo tem a ver com água - talvez "praia", "rio" etc.
O livro é dividido em 56 lições. São abordados os ideogramas básicos do dia a dia japonês - lista chamada de 常用漢字 Jouyou Kanji. Além destes, são ensinados outros kanji mais raros.
Não existem exercícios no livro. O aprendizado é feito através da leitura e memorização de pequenas histórias relacionadas à forma de cada ideograma. Cada kanji é remetido a apenas uma palavra-chave, tradução, significado, como quiser chamar. Em certa parte do livro, o aprendiz começa a criar suas próprias histórias, mas novos primitivos são apresentados até o final.
Para ajudar na memorização dos ideogramas existentes no Remembering the Kanji, foi criado o site Reviewing the Kanji. Aqueles que já leram o artigo sobre o Anki aqui no blog verão que o sistema é bem parecido: um deque de flashcards é feito com os ideogramas do livro e o aprendiz é testado para ver se lembra o significado dos mesmos. Se lembrar, escolhe entre as opções "fácil" ou "sim", senão escolhe a opção "não". Se escolher a opção de que não lembra, o cartão daquele ideograma volta ao deque de estudos e a pessoa pode ler novamente a história que explica a formação daquele kanji. Além disso, é possível escrever a sua própria história do ideograma no site ou ler as histórias de outros usuários.
O interessante do site Reviewing the Kanji é que ele apresenta uma página com gráficos mostrando quantos ideogramas o aprendiz já estudou, quantos já revisou, quantos precisa estudar novamente e quantos precisa revisar. Depois de um tempo, todos os ideogramas já revisados expiram e é necessário revisar novamente. Aí é que fica a chave do sistema. Existe, ainda, um fórum que trata de diversos tópicos relacionados ao idioma japonês, cultura do país, empregos e estudos, bem como dos livros em si etc.
A única ressalva é que tanto o livro quanto o site estão em inglês, então quem não domina um pouco do idioma talvez se sinta perdido. Mas a linguagem é bem simples e fácil de entender. O que talvez dificulte são algumas palavras-chave, significados dos ideogramas no livro. Mas nada que um bom dicionário não resolva.
O cadastro e a utilização do site são gratuitos, mas o livro Remembering the Kanji deve ser comprado para que se possa usá-lo. Interessados, podem comprar em sites internacionais como Amazon (clique aqui para ver o link da compra).
Existem outros volumes do livro voltados para as leituras dos ideogramas e também para a memorização dos kana (silabários do idioma japonês). Além deles, existe também um voltado para os ideogramas utilizados hoje em dia no mandarim. Estes eu nunca tive contato, mas fica aqui a dica.
Para finalizar, segue abaixo o link para o review do livro na Wikipedia (em inglês):
http://en.wikipedia.org/wiki/Remembering_the_Kanji
Existem muitos materiais que prometem ensinar os ideogramas (ou 漢字 kanji, em japonês). Um deles é o que vamos abordar aqui: Remembering the Kanji.
O livro, escrito por James W. Heisig, tenta explicar os ideogramas através da sua característica mais marcante: os desenhos. Sem se preocupar com os sons de cada kanji ou mesmo com pedaços deles que possam indicar um som, o autor se fixa na explicação das formas e como reter cada uma delas no cérebro.
Para isso, Heisig criou um sistema de "primitivos". Primitivos são pedacinhos dos ideogramas, como se fosse uma espécie de radical, feitos para ajudar a se chegar ao significado de cada um desses ideogramas. Por exemplo, se um kanji tem um primitivo de "água", o estudante saberá que o significado do mesmo tem a ver com água - talvez "praia", "rio" etc.
O livro é dividido em 56 lições. São abordados os ideogramas básicos do dia a dia japonês - lista chamada de 常用漢字 Jouyou Kanji. Além destes, são ensinados outros kanji mais raros.
Não existem exercícios no livro. O aprendizado é feito através da leitura e memorização de pequenas histórias relacionadas à forma de cada ideograma. Cada kanji é remetido a apenas uma palavra-chave, tradução, significado, como quiser chamar. Em certa parte do livro, o aprendiz começa a criar suas próprias histórias, mas novos primitivos são apresentados até o final.
Para ajudar na memorização dos ideogramas existentes no Remembering the Kanji, foi criado o site Reviewing the Kanji. Aqueles que já leram o artigo sobre o Anki aqui no blog verão que o sistema é bem parecido: um deque de flashcards é feito com os ideogramas do livro e o aprendiz é testado para ver se lembra o significado dos mesmos. Se lembrar, escolhe entre as opções "fácil" ou "sim", senão escolhe a opção "não". Se escolher a opção de que não lembra, o cartão daquele ideograma volta ao deque de estudos e a pessoa pode ler novamente a história que explica a formação daquele kanji. Além disso, é possível escrever a sua própria história do ideograma no site ou ler as histórias de outros usuários.
Página de revisão de ideogramas no site Reviewing the Kanji.
O interessante do site Reviewing the Kanji é que ele apresenta uma página com gráficos mostrando quantos ideogramas o aprendiz já estudou, quantos já revisou, quantos precisa estudar novamente e quantos precisa revisar. Depois de um tempo, todos os ideogramas já revisados expiram e é necessário revisar novamente. Aí é que fica a chave do sistema. Existe, ainda, um fórum que trata de diversos tópicos relacionados ao idioma japonês, cultura do país, empregos e estudos, bem como dos livros em si etc.
A única ressalva é que tanto o livro quanto o site estão em inglês, então quem não domina um pouco do idioma talvez se sinta perdido. Mas a linguagem é bem simples e fácil de entender. O que talvez dificulte são algumas palavras-chave, significados dos ideogramas no livro. Mas nada que um bom dicionário não resolva.
O cadastro e a utilização do site são gratuitos, mas o livro Remembering the Kanji deve ser comprado para que se possa usá-lo. Interessados, podem comprar em sites internacionais como Amazon (clique aqui para ver o link da compra).
Existem outros volumes do livro voltados para as leituras dos ideogramas e também para a memorização dos kana (silabários do idioma japonês). Além deles, existe também um voltado para os ideogramas utilizados hoje em dia no mandarim. Estes eu nunca tive contato, mas fica aqui a dica.
Para finalizar, segue abaixo o link para o review do livro na Wikipedia (em inglês):
http://en.wikipedia.org/wiki/Remembering_the_Kanji
Marcadores:
estudo,
ideogramas,
idioma,
japonês,
kanji
Assinar:
Postagens (Atom)